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Nesta terça-feira, 20, segundo dia do evento Seminário Amapá Logística e Offshore, as discussões e planejamentos concentraram-se na potencial exploração de petróleo e gás natural na costa do Amapá. Durante toda a programação foram debatidas questões sobre logística, infraestrutura portuária, licenciamento ambiental e da atividade portuária, dividendos gerados pela E&P, recursos para pesquisa, geração de empregos, qualificação de mão de obra, controle e polícia da navegação.

O chefe de Gabinete da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Silvio Jablonski , que palestrou sobre o tema "As Oportunidades para o Amapá na Bacia da Foz do Amazonas", explicou o funcionamento da cadeia E&P e como o Estado pode impulsionar a economia através desse empreendimento. De acordo com Jablonski, atualmente, no Brasil, 84 empresas operam petróleo, sendo que a estatal Petrobras controla 92% do que é gerado no país, que em 2013 movimentaram aproximadamente R$ 16 bilhões.

Ciclos

Algumas dessas empresas arremataram os seis blocos de rochas sedimentares – com potencial para produção de petróleo e gás combustível – leiloados pela ANP na costa amapaense. As atividades nessas plataformas, de acordo com a legislação vigente, serão divididas em três ciclos: os primeiros cinco anos e os três seguintes serão para pesquisa e planejamento. O terceiro ciclo, que pode durar até 27 anos, para os procedimentos de E&P propriamente ditos.

Jablonski explicou que é justamente durante esse tempo de concessão que o Amapá pode se beneficiar socialmente e dar um salto econômico. A primeira vantagem, segundo ele, está na divisão dos royalties – retribuição financeira paga mensalmente aos entes governamentais de onde ocorre a extração do produto.

Atualmente, 10% do faturamento bruto de cada plataforma são rateados entre a União, os Estados e os municípios. No Amapá, as cidades beneficiadas diretamente com os royalties da produção na costa são: Oiapoque, Calçoene, Amapá, como municípios confrontados; e Pracuúba e Tartarugalzinho, como mesorregiões confrontadas.

Jablonski enfatizou que essas cidades, devido às suas localizações geográficas, podem receber instalações de apoio para embarque e desembarque da produção, alojamentos, transbordo, entre outros serviços.

Oportunidades

Essa infraestrutura e logística em potencial abrem oportunidades para o Estado se tornar um provedor nos mais diversos serviços: portuário, com atividades de carga e descarga, apoio operacional, manutenção industrial, hospedagem de trabalhadores, entre outros. "Com o planejamento correto, podemos transformar o Amapá em uma forte base de apoio logístico para a indústria petrolífera", garantiu Jablonski.

Elder de Abreu (Da Redação - Agência Amapá)